O presidente da Comissão de Agropecuária, Lazinho da Fetagro (PT), relatou problemas de energia enfrentado pelos produtores de leite e que está acarretando em sérios prejuízos. A questão foi levantada durante a reunião da Comissão ocorrida na manhã desta quarta-feira (22).
Lazinho relatou que a cadeia produtiva do leite está a cada dia mais dependente de tanques de resfriamento e que a normativa diz que se houver problema de energia na linha a empresa tem até 48 horas para resolver o problema. “Com o excesso de chuvas, tem faltado energia constantemente e com isso perdendo muito leite”.
O parlamentar salientou que já está em consulta junto a assessoria jurídica para verificar se há possibilidade de criar uma legislação para obrigar a empresa a atender ao produtor em tempo menor.
“A empresa é federalizada, mas presta serviço no Estado e precisa respeitar a população de Rondônia”, destacou Lazinho.
O deputado Adelino Follador (DEM) afirmou que se ligar para a central eles dizem que não é mais emergência. “Quem decidiu que não é mais emergência isso? Precisamos de mais respeito”. Relatou que no Rio Grande do Sul, se os produtores perderem o leite por culpa da energia, são ressarcidos. “Aqui não, há um total desrespeito com o produtor”, disse.
O deputado Ribamar Araújo (PR) afirmou que Rondônia é um Estado diferenciado dentro da região Norte. “É produtivo, totalmente ocupado, com muitas propriedades rurais. Temos malha viária imensa, somos diferenciados em relação aos demais, são peculiaridades e precisamos ter tratamento diferenciado”.
O deputado Adelino também destacou o Projeto do café e que em reunião constatou que não há harmonia entre Idaron, Emater Seagri, faltando planejamento para atender a demanda junto aos viveiristas.
Como não há planejamento, é preciso que se organizem rapidamente para que as mudas de café estejam em bom tamanho para plantar no mês de novembro para poder plantar no início do período chuvoso para que peguem e aguentem posteriormente o período de seca.
O deputado Lazinho também relatou que estão acompanhando problemas de regularização fundiária no Projeto de Assentamento Florestal (PAF) Jequitibá e pediram adesão do Incra, junto a Sedam e Terra Legal para que realizem levantamento para verificar o que deve ser feito no local.
Lazinho também mencionou o cancelamento da audiência pública que seria realizada nesta quinta-feira (23) em Ji-Paraná devido a operação da polícia federal que chamou de aberração, e que afetou a cadeia produtiva da carne. “Isso poderia desviar o foco da audiência que era o de debater a questão de Rondônia ser declarada livre da febre aftosa sem vacinação”.
Adelino Follador destacou que a operação da Polícia Federal está gerando prejuízo financeiro, econômico ao país e acabou por dar um desgaste no Ministério Público e na instituição da Polícia Federal. “Os poucos que estão envolvidos sejam punidos, mas que isso não afete os mais de 4 mil da cadeia produtiva”.
Fonte: ALE/RO – DECOM