A embaixada italiana no Brasil desmentiu categoricamente a reportagem publicada pela revista “Veja” de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados teriam conversado com o embaixador Raffaele Trombetta sobre um “plano secreto” para tirar o petista do país e lhe conceder asilo político na Itália.
Em um comunicado oficial a embaixada desmentiu os fatos relatados pela revista sobre supostas conversas entre aliados de Lula e Trombetta em Brasília.
“As informações referentes ao evento ocorrido na embaixada e às supostas conversas do embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas”, anunciou a sede diplomática italiana no Brasil.
O comunicado oficial também esclareceu que, quando foi procurado pela “Veja” para se pronunciar sobre o assunto por telefone, o chefe de gabinete de Trombetta, Alberto La Bella, disse que “não queria comentar fatos que, no que tange à embaixada, eram e são totalmente inexistentes”.
Sobre a foto de Trombetta publicada pela revista em um evento no Palácio do Planalto, a embaixada explicou que “a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é Trombetta, como pode-se constatar facilmente”.
“O embaixador Trombetta estava sentado, junto com os outros embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático”, disse a nota.
Na reportagem, que consta na edição recente da revista, a “Veja” afirma que o embaixador promoveu um jantar em Brasília no dia 16 de março, para cerca de 40 convidados, entre eles aliados de Lula, e que neste encontro Trombetta e amigos do petista teriam comentado sobre as consequências do ex-presidente solicitar asilo à embaixada italiana.
“O plano prevê que Lula pediria asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, depois de negociar uma espécie de salvo-conduto no Congresso, que lhe daria permissão para deslocar-se da embaixada até o aeroporto sem ser detido –e, do aeroporto, voaria para o país do asilo”, publicou a revista.
Fonte: UOL