Desemprego atinge número recorde de 13,5 milhões de pessoas

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A taxa de desemprego atingiu 13,2% no trimestre encerrado no mês de fevereiro, e registrou um novo recorde. O número representa 13,5 milhões de pessoas que não conseguiram trabalho no período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31).  O total de desempregados é 1,4 milhão maior que o verificado no trimestre anterior e 3,2 milhões superior ao mesmo trimestre de 2016.

No trimestre anterior (de setembro a novembro), a taxa de desemprego estava em 11,9%. E um ano atrás (de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016), o instituto verificou que o total de desocupados era de 10,2%.

Há duas semanas, o governo havia anunciado – em evento que contou excepcionalmente com a presença do presidente Michel Temer – a criação de 35.612 vagas em fevereiro, depois de 22 meses seguidos de queda. A diferença entre o dado positivo do dia 16 e o negativo divulgado hoje é que tratam-se de duas formas diferentes de medir o emprego.

A criação de vagas em fevereiro foi vista no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e que registra a diferença entre admissões e demissões formais nas empresas. Já a taxa de desemprego divulgada hoje, do IBGE, leva em conta o número de pessoas que buscavam uma colocação, mas não conseguiram vaga.

Setores

O IBGE registrou queda na ocupação dos segmentos de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (redução de 702.000 pessoas) e na indústria geral (menos 225.000 pessoas). Houve altas nos setores de alojamento e alimentação (169 .000) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (215.000 pessoas). Os demais grupamentos se mantiveram estáveis.

Ainda sobre setores, a agricultura e a construção registraram os menores contingentes de trabalhadores desde 2012 – de 8,8 milhões e 6,9 milhões, respectivamente. Em sentido inverso, o setor de alojamento e alimentação tiveram o maior número de ocupados da série, com 5 milhões de trabalhadores.

Em relação a rendimento, o IBGE indica que o único setor em que houve aumento no trimestre foi o de empregados no setor público, com alta de 3,2%. Na média, o rendimento dos trabalhadores teve variação considerada como estável, passando de 2.049 reais para 2.068 reais.

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