A Secretaria Municipal de Projetos Especiais e Defesa Civil (Sempedec) está requerendo providências do Terminal Hidroviário de Porto Velho na realização de manutenção e reformas das áreas do pavimento e da proteção da encosta do complexo. Teme-se a ação de desbarrancamentos devido a vazamentos em tubulações de água que estão promovendo erosões e recalques no terreno.
O secretário da Sempedec, Vicente Bessa, disse que riscos aos usuários e transeuntes do local devem ser evitados, ainda que para isso seja necessário interromper as atividades no Terminal. “Há um grande vazamento de um tubo da Caerd que está causando solapamentos e erosões, devido ao intenso umedecimento na área. O Terminal deve recuperar esse tubo, reformar o espaço do pavimento e reconstituir a proteção da encosta, que mede aproximadamente uns setenta metros. Essa proteção já havia sido recuperada após enchente de 2014, mas com os recentes vazamentos ela volta agora a correr perigo e precisa ser novamente reformada”, explicou.
Com trincas no pavimento e furos na proteção da encosta, a situação no Terminal Hidroviário pode se agravar com a elevação do rio Madeira no período chuvoso. Bessa informou que nas últimas semanas o rio começou a subir velozmente. “Há dias em que ele sobe cerca de um metro. Caso as águas alcancem as partes falhas da estrutura, os problemas irão se agravar muito. Creio que dentro de uns trinta dias o rio poderá subir até esse ponto, pois está chovendo bastante no Peru e na Bolívia. Por sorte, ainda não está chovendo muito na Bacia do Guaporé, mas nos últimos dias as águas do Madeira têm se elevado bastante”, afirmou o secretário.
A Sempedec aguarda para o mês de dezembro uma vertiginosa subida do nível do rio, que deverá atingir a cota 14, deflagrando, assim, a condição de estado de alerta no município. A Defesa Civil Municipal está intensificando os trabalhos de interdições das áreas de encosta que apresentem insegurança. As áreas estão sendo identificadas visualmente pelas equipes da Sempedec, num trabalho de mapeamento ponto por ponto. “Estamos colocando placas e faixas nos locais mais perigosos, a fim de que ninguém se aproxime. A partir do segundo trimestre do próximo ano, poderemos contar com uma tecnologia especial do Sipam, que irá nos ajudar muito nesse mapeamento, por enquanto, estamos fazendo esse trabalho in loco. É um trabalho cansativo, mas necessário. Com relação às ações preventivas, vamos agir em conformidade a como estamos agindo com o Terminal Hidroviário, caso não seja tomada nenhuma providência que regularize satisfatoriamente o problema, a Sempedec vai interditar seu funcionamento. Da mesma forma, seremos rigorosos com todos em questões que envolvam segurança”, declarou Bessa.
Por Renato Menghi | Fotos: Arquivo/Comdecom