Crise ocorre por falta de apoio no Congresso, diz Cunha ao rebater Dilma

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No dia em que a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o retorno da CPMF e criticou a aprovação de pautas-bomba pelo Congresso em 2015, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reiterou seu discurso contrário ao imposto sobre movimentações financeiras e afirmou que o governo “continua sem maioria, apesar da farta distribuição de cargos”.

Dilma concedeu, na manhã desta quinta (7), a primeira entrevista do ano em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Para ela, é necessário melhorar o cenário político, que tem agravado a crise econômica. Ela criticou o que atribuiu a alguns parlamentares que, segundo ela, apostaram na prática do “quanto pior melhor”.

Para Cunha, o cenário político delicado para o governo deve-se à “falta de base sólida” no Congresso, especialmente na Câmara. Ao longo do ano passado, o Planalto sofreu uma série de derrotas em projetos de interesse, que acabaram travados ou derrotados.

O ambiente político na Câmara, que nunca foi favorável ao governo, se agravou com o anúncio formal de distanciamento do presidente da Casa do Planalto, em julho. Cunha é um dos maiores críticos do governo e defensores do desembarque imediato do PMDB, partido da base aliada com maior número de deputados. A situação se agravou ainda mais com a deflagração do pedido de impeachment de Dilma, acatado por Cunha em dezembro.

Embora Dilma tenha aberto espaço ao PMDB da Câmara na última reforma ministerial, em outubro do ano passado, uma ala da sigla não se sentiu contemplada e deflagrou, com o apoio de Cunha, uma disputa interna pela liderança do partido, que acabou com um desgaste ainda maior.

Além de comentar a situação política, Cunha também reiterou, como tem feito desde que surgiram boatos da intenção do governo de retomar a CPMF, que acha “pequeníssima a chance de aprovar” o imposto.

Segundo tem dito, o assunto é polêmico e não haveria consenso na Casa para fazer uma matéria desse tipo passar, especialmente em ano de eleição municipal.

Fonte: FOLHA

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