Corpo humano precisa de 14 dias para se adaptar ao horário de verão

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Um estudo realizado no Brasil revelou que o corpo humano precisa de pelo menos 14 dias para se adaptar completamente ao horário de verão. Nesse período, falta de atenção, de memória e sono fragmentado são problemas comuns.

A medida é comum em muitos países e ajuda a economizar cerca de 4% da energiaconsumida no país, segundo estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico. No Brasil, o horário de verão começou no domingo (16) deste ano e vai até o dia 19 de fevereiro de 2017. Neste período, o relógio deve ser adiantado em uma hora.

Desenvolvido pelo pesquisador Guilherme Silva Umemura no Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos, o estudo analisou como a mudança no relógio altera a temperatura do corpo humano. Segundo ele, o horário começou a ser adotado na década de 30 no país, mas as discussões acadêmicas sobre seu impacto na saúde surgiram após os anos 70.

“Com a mudança, as pessoas são obrigadas a acordar mais cedo e isso gera uma série de modificações fisiológicas no organismo”, afirmou em entrevista à BBC Brasil. A temperatura do corpo começa a subir mais cedo do que o normal e isso causa uma desestabilização entre os ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso.

“A pessoa fica mais propensa a ter déficits de atenção, pode ter maior fadiga durante o dia, problemas para dormir, fragmentação do sono e até mesmo a diminuição da duração do sono”, disse. Os grupos mais afetados, de acordo com o pesquisador, são os adolescentes e jovens adultos.

Mas na maioria dos casos, o corpo começa a se adaptar à nova rotina. Umemura monitorou um grupo de cerca de 20 pessoas no início e no fim do horário de verão e concluiu que levamos 14 dias para nos acostumar completamente. Embora seja menos comum, algumas pessoas podem continuar com os sintomas até fevereiro, quando termina o horário de verão.

Para quem tem maior flexibilidade de tempo, a recomendação é tentar minimizar os efeitos da mudança: acordar 15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição aconteça aos poucos.

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