O consumo diário de bebidas industrializadas com açúcar está associado ao aumento do volume de gordura visceral no corpo.
Pesquisa acompanhou mais de mil adultos por seis anos.
O consumo diário de bebidas industrializadas com açúcar está associado ao aumento do volume de gordura visceral no corpo. Esta é a gordura que se acumula no abdômen e está associada ao aumento do risco de diabetes e de doenças cardíacas.
A conclusão veio a partir da análise de dados do Estudo Framingham do Coração, pesquisa financiada pelo governo dos Estados Unidos, e foi publicada na revista científica “Circulation”, editada pela Associação Americana do Coração, nesta segunda-feira (11).
Ao todo, 1.003 adultos com idade média de 45 anos foram acompanhados por seis anos. No início e no final desse período, eles responderam a questionários sobre o consumo de bebidas e passaram por exames de imagem para verificar a quantidade de gordura no corpo.
Os resultados mostraram que, entre os que consumiam bebidas açucaradas, o volume de gordura visceral cresceu mais do que entre os que não consumiam esse tipo de bebida e mais do que entre os que bebiam refrigerantes sem adição de açúcar.
Ao longo dos seis anos em que os participantes foram acompanhados, os que não bebiam bebidas com açúcar tiveram um aumento de 658 centímetros cúbicos de gordura visceral. Entre os que consumiam esse tipo de produto diaramente, o aumento foi de 852 centímetros cúbicos.
Para a principal autora do estudo, Caroline S. Fox, isso é uma evidência que liga as bebidas adoçadas com acçúcar a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. “Nosso recado para os consumidores é seguir as diretrizes de alimentação atuais e estar conscientes da quantidade de bebidas com açúcar que bebem. Para as autoridades, esse estudo acrescenta evidências a um crescente corpo de pesquisa que sugere que bebidas com açúcar podem fazer mal à nossa saúde.”
Na semana passada, foram publicadas as novas Diretrizes Alimentares para Americanos 2015-2020. O documento estabeleceu que o acréscimo de açúcar nos alimentos deve representar menos de 10% das calorias diárias.
Fonte: G1.