O secretário de Saúde de Porto Velho, Orlando Ramires, disse na manhã de ontem (12) que a mobilização da sociedade e a apresentação de sugestões para se melhorar o sistema no município, no estado e no país, a exemplo do SUS (Sistema Único de Saúde) e a cobertura vacinal, é uma das propostas da 1ª Conferência Municipal de Vigilância em Saúde, que acontece quinta e sexta-feira, na faculdade Unopar, no bairro Lagoa.
Com o chamado eixo central “Política nacional de vigilância em saúde e o fortalecimento do SUS como direito à proteção e promoção da saúde do povo brasileiro”, o evento é uma realização do Conselho Municipal de Saúde em conjunto com a Semusa (Secretaria Municipal de Saúde).
Segundo Ramires, as propostas de melhoria devem estar de acordo com propostas surgidas dos subeixos “O lugar da Vigilância em saúde no SUS”; “Responsabilidades do Estado e dos governos com a vigilância em saúde”; “Saberes, práticas, processos de trabalhos e tecnologias na vigilância em saúde”; além de “vigilância em saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde”.
Durante o evento, haverá eleição de delegados que integrarão os grupos de trabalho para formular e apresentar sugestões de melhorias em saúde, o chamado controle social. 50% deles serão de representantes e usuários, enquanto 25% de trabalhadores em saúde, enquanto o último quarto de gestores e gestoras e prestadores de serviço de saúde.
Grupos como indígenas e quilombolas já definiram seus representantes e, junto com os demais, contribuirão para a política de saúde na gestão do prefeito dr Hildon Chaves para o município de Porto Velho.
As propostas reunidas durante a conferência se somarão às que serão discutidas no evento estadual e, antes do final do ano, estarem no bojo nacional. “A participação social é fundamental porque a demanda de saúde pública cresce constantemente e o custo de serviços e medicamentos encarecem, exigindo um planejamento muito maior e mais consistente. E o Conselho Municipal de Saúde tem papel fundamental nessa mobilização”, lembra o secretário Ramires.
Para o presidente do conselho, João Aramayo da Silva, fundamentais na busca de uma saúde pública ideal são a participação e o controle social a exemplo do SUS. Ele citou como exemplo o surgimento de um novo perfil socioeconômico: pessoas que antes dispunham de planos de saúde e que hoje também recorrem à saúde pública. “A saúde pública é um direito constitucional de todos, e todos devem contribuir para sua evolução”.