Os deputados Dr. Neidson (PMN) e Jesuíno Boabaid (PMN) representando a Comissão de Saúde e o deputado Léo Moraes (PTB), pela de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa realizaram na tarde desta quarta-feira (20), visita técnica junto ao Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho.
Foram acompanhados na vistoria técnica pelo diretor da unidade, Carlos Eduardo Rocha Araújo e o coordenador médico do Pronto Socorro Vinícius Nogueira.
Segundo Léo Moraes, a intenção é conhecer a realidade da unidade de saúde e aproximar o parlamento das necessidades com o intuito “de direcionar recursos para o que for necessário suprir dentro do João Paulo II”.
O coordenador médico, Vinícius Nogueira, mostrou as condições em que são recepcionados os pacientes, afirmando que o JP II possui todos os equipamentos necessários para o atendimento, mas falta espaço e estrutura mais adequada.
Segundo o médico, somente o aparelho de tomografia computadorizada realiza cerca de 50 exames ao dia. Ou seja, o paciente politraumatizado que chegar à unidade, em poucas horas já recebe os primeiros socorros, tratamento, exames e diagnósticos para a continuidade do tratamento.
Nogueira afirmou aos parlamentares que nenhum hospital privado da capital tem condições de oferecer um atendimento especializado igual ao do JP II. “O que precisamos é de um espaço mais adequado”.
O deputado Dr. Neidson afirmou que irá cobrar do Estado a agilização do término da obra do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (EURO) que está sendo construído pelo Governo de Rondônia para dar estas melhores condições e acabar com o sofrimento dos pacientes, que para poder receber um atendimento acabam sendo acomodados em camas e macas nos corredores do JP II.
Números
Os diretores do JP II reclamam da ineficácia no atendimento por parte dos municípios, o que acaba sobrecarregando o atendimento no Estado através desta unidade.
Citando números, o diretor da unidade, Carlos Eduardo, relata que somente pacientes de Porto Velho, em 2015, foram atendidos 1.614 pacientes, mas destes, apenas 477 ficaram internados. Ou seja, 1.137 atendimentos deveriam ter sido feitos pelo município, mas que acabou sendo realizado no JPII.
Desta forma, é gasto de material, insumos e médicos que poderiam prestar um melhor atendimento, mas acabam tendo de se desdobrar nos atendimentos, salientou o diretor.
No geral, o JP II, em 2016, já realizou 9.906 atendimentos. Somente no primeiro bimestre foram 6.452 cirurgias. Em 2015 foram 40.843 atendimentos, sendo que destes, somente com acidentados no trânsito com motos, foram 4.402.
Fonte: Decom / ALE