A Comissão de Segurança Pública (CSP), presidida pelo deputado Jesuíno Boabaid (PMN), ouviu na reunião desta terça-feira (12) a ex-servidora do Detran Rondônia, Edicléia Barbosa Pereira de Souza, que segundo processo instaurado, não recomendava sua demissão e acabou sendo exonerada juntamente com outros servidores.
Sobre o seu trabalho, Edicléia falou que era gestora de 13 contratos dentro do Detran/RO, como chefe de serviços gerais, tais como limpeza, ar-condicionado, carimbos.
Falou que eram gestores do órgão Airton Gurgacz, diretor geral; o coronel Carvalho, diretor adjunto, e o diretor financeiro, senhor Dionísio. Ela foi aprovada em concurso em 2009, e afirmou que assumiu o cargo por competência técnica e que nunca houve ligação política com ninguém. “Venho da iniciativa privada e sempre fiz meu trabalho com tranquilidade, sem malícia”, argumentou.
Edicléia relatou que com a Operação Termópilas mudou toda a direção “e voltei a trabalhar na diretoria financeira. Quando saí, os contratos de que eu cuidava ficaram parados”. Falou do empresário Miguel Saúde que foi envolvido na Operação e que este senhor reclamava do rapaz, que ficou gestando os contratos que travava os pagamentos.
A ex-servidora Edicléia, afirmou que sua exoneração se deu por acusação de facilitação dos pagamentos e que seu trabalho era analisar as notas, certificar a realização dos serviços, encaminhar ao financeiro para o pagamento e que nesse processo foram demitidas cinco pessoas.
Boabaid disse que o Estado pode rever todos seus atos. Relatou que no processo a Procuradoria Geral do Estado recomendava rever a pena de demissão para uma mais branda e reintegração e mesmo assim o Detran aplicou a sanção mais severa que foi a demissão.
O parlamentar destacou que o processo se encontra, hoje, na Sesdec sob a responsabilidade do coronel Lioberto Caetano para revisão. Boabaid disse que vai combater toda e qualquer injustiça e espera que o processo seja revisto com isenção.
O deputado Jesuíno pediu para convidar para depoimento junto à comissão todos os demais demitidos que constam no processo e os gestores da época citados pela depoente, para entender o processo de demissão, que a seu ver, é injusto, pois contrariou até a recomendação da PGE.
Participaram também da reunião os deputados Dr. Neidson (PMN) e Anderson do Singeperon (PV).
Fonte: ALE/RO – DECOM