Os vereadores de Ji-Paraná votaram em Sessão Ordinária na última terça feira (09), o projeto nº 3.528/2016, que declara de utilidade pública a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Ji-Paraná (Apac). Fundada há mais de um ano, a entidade adota metodologias semelhantes às de São José dos Campos, criada em 1972, que culminou na implantação em Minas Gerais na década de 80, com geração de novas oportunidades de trabalho e estudo para os presos, e redução das chances de reincidência no crime.
A reestruturação da Apac, que é a primeira do Norte do País foi uma iniciativa da promotora de Justiça, Eiko Daniele Vieira. Outros dois projetos estão sendo implantados em Porto Velho e Vilhena. “A Apac precisa da sociedade. Eu conheci esse trabalho através de um encontro do Conselho do Ministério Público, com isso trouxe a ideia e comecei a sensibilizar socialmente as pessoas, e com isso conseguimos apoio da sociedade que abraçou o projeto”, disse.
Para a promotora, o reconhecimento de utilidade, contribui e muito com o trabalho da PAC. “Com isso conseguimos mais subsídios, isenções e apoios e respaldo à nossa Apac. Com esse acompanhamento nós temos hoje uma reincidência condicional bem menor, declarou Eiko Daniele, promotora de Justiça.
O projeto da Apac em parceria com a Promotoria de Justiça é ter em Ji-Paraná o Centro de Reintegração, que é onde os presos, cumprirão pena, de forma diferenciada do sistema tradicional. “Hoje a Apac amanheceu com alegria com a aprovação da Lei que vai atender à comunidade carcerária. Somamos-nos à espiritualidade com o que está disposta na Lei de Execução Penal. A Apac vem trazendo essa roupagem de iniciativa privada com apoio da pública. Ela pune o criminoso, mas resgata o cidadão que existe ali dentro”, explicou Thiago Viana, consultou da Apac.
Fonte: DA