O deputado por Guayaramerín na Bolívia Fruto Ruiz Mama explicou sobre o interesse boliviano no desenvolvimento da região. “Temos interesse em incentivar o setor agrícola para escoar por Rondônia, que é o caminho mais viável para o nosso País alcançar o mercado internacional. Quando vivenciamos uma restrição econômica no Brasil, há prejuízos diretos em Guayaramerín e como representante, precisamos visar a parte social fomentando a economia”, frisou.
Segundo o empresário Dário Lopes, da BDX Florestas, a iniciativa dessa reunião é desconstruir a informação inverídica sobre as condições de movimentação de carga no Porto Público. “Precisamos expandir ainda mais a informação que temos um recinto alfandegado disponível em Rondônia, que permite ao exportador lacrar a carga aqui e enviá-la diretamente ao País de destino com o BL disponível no momento do embarque. Temos também aptidão para receber remessa de cargas de países vizinhos. É completamente inviável enviar os produtos dessa região pelos portos localizados no Sul e Sudeste do Brasil”, reforçou.
Durante a reunião, o deputado informou que a Câmara de Comércio Boliviano leva até 40 dias para disponibilizar o documento para o exportador. “Quem atua com exportação, um dia é muita coisa, imagina reduzir esse prazo para apenas 10 dias que é tempo determinado para liberação do documento ao transportar a mercadoria por Rondônia. Temos uma dificuldade logística de escoamento da produção, em que pese os portos do Chile, Argentina e Peru além de distantes, risco de acidentes nas estradas que são de difícil acesso, acarretam na elevação do custo dos nossos produtos e perdemos espaço para concorrentes internacionais”, afirmou Fruto Ruiz.
Inicialmente, foram reservados cinco contêineres de 40 TEU para transportar madeira, e posteriormente os bolivianos começarão a exportar também castanha e minérios pelo Porto Público de Porto Velho.