A Associação de Oficiais Militares Ativos e Inativos da PM e do Corpo de Bombeiros (Aomai) divulgou nesta quarta-feira (28) uma carta na qual pede ao governo do Rio de Janeiro o cancelamento das tradicionais festividades de Réveillon em Copacabana. A Aomai afirma que, por causa da “grave crise política e financeira que atravessa o Estado”, podem haver manifestações de “proporções violentas”.
“A Aomai, antevendo a possibilidade de ocorrência de manifestações que, pela amplitude e quantidade de pessoas envolvidas, poderão tomar proporções violentas e atentatórias a integridade da população presente ao evento, recomenda o cancelamento dos shows artísticos e pirotécnicos no município do Rio”, diz trecho da carta assinada pelo presidente da associação, coronel Adalberto de Souza Rabello, endereçada ao governador Luiz Fernando Pezão e ao prefeito Eduardo Paes.
Segundo o coronel reformado da Polícia Militar, Paulo Ricardo Paúl, que participou da elaboração da carta, o risco de ocorrer protesto é real. “Já tivemos manifestações violentas no Rio de Janeiro neste ano e o melhor lugar para se protestar é o Réveillon de Copacabana, que recebe 2 milhões de pessoas. Isso pode causar uma tragédia terrível.”
Em suas redes sociais, a Prefeitura do Rio de Janeiro garantiu a manutenção do evento. “Vocês perguntaram e aqui está: vai ter queima de fogos na virada do ano, sim!”, informou a prefeitura nesta quarta-feira, repassando as informações sobre a famosa queima de fogos na cidade.
Na terça-feira (27), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil divulgaram o planejamento para as festividades de 2017. Os órgãos aguardam 2 milhões de pessoas nas areias de Copacabana, sendo cerca de 865.000 turistas.
Neste ano, o Réveillon de Copacabana terá apenas um palco, na altura do Copacabana Palace, e a principal atração será um show do Grande Encontro, reunindo Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. As atrações estão marcadas para começar às 18h30 e devem se estender até depois das 3h. O show principal está marcado para as 21h45.
Fonte: Veja