A tela de cinema montada na rua principal da pequena cidade de Rio Pardo, no interior da Floresta Nacional do Bom Futuro, e na praça da Administração do distrito de Jacy-Paraná, no último final de semana, proporcionou raros momentos para os moradores das duas localidades curtirem um evento cultural. O momento mais esperado do público foi a oportunidade de ver as animações produzidas com a ajuda de estudantes locais, que aprenderam a técnica de criação de audiovisuais em oficinas do Animando Amazônia, projeto voltado para alunos de escolas públicos, que incentiva uma reflexão para a proteção do meio ambiente e ensina alunos e professores a utilizarem filmes de animação nas salas de aula.
Este é o segundo ano que o Animando Amazônia atua na escola Tiradentes, de Jacy-Paraná, e na Escola Rio Pardo. Para a professora do Tiradentes, Maria Luiza Ferreira, que acompanhou as oficinas ministradas na escola neste ano e no anterior, a experiência tem sido “magnífica”. “Os vídeos são uma ferramenta muito dinâmica e abrangente, porque oferecem uma gama variada de opções para usar em sala de aula, com uso de material acessível. É a mágica do cinema na sala de aula”, disse a professora.
O estudante do 8º ano da Escola Tiradentes Ruan Pereira da Silva, 13 anos, fez uma queixa recorrente entre os colegas, sobre a falta de opções de lazer em Jacy, e se entusiasmou ao falar da oficina do Animando Amazônia. “É muito fácil criar uma animação. Com certeza, vou fazer em casa e buscar outras informações sobre o assunto na Internet”, afirmou.
O Animando Amazônia é inspirado no Anima Mundi, considerado como o maior festival de cinema de animação das Américas, e foi criado depois do sucesso de oficinas de audiovisual feitas em 2015 com dezenas de alunos das escolas estaduais Duque de Caxias, Barão do Solimões e Castelo Branco, de Porto Velho.
Durante as 20 horas das oficinas, os alunos aprendem a usar a técnica Pixalation, que permite a produção de animações com material barato e acessível, com uso de aplicativos grátis disponibilizados em telefone celular. O trabalho é realizado pelo oficineiro Christian Ritse e assistentes.
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