1. Todos os cânceres de mama devem ser tratados da mesma maneira?
Existem mais de 15 tipos histológicos de câncer de mama. O grau histológico e a biologia molecular do tumor vão variar em agressividade. Não existe uma única “receita” para o tratamento da neoplasia mamária devendo cada mulher ser avaliada de forma individual.
2. A história familiar de câncer de mama na família do pai não influi no risco?
A história familiar paterna é igualmente importante. O câncer de mama hereditário pode ser materno e/ou paterno. Homens podem ser portadores da mutação, não desenvolver a doença, mas transmiti-la para as suas filhas.
3. Em caso de câncer de mama, retirar toda a mama aumenta a chance de cura se comparado a tirar apenas a parte com câncer?
Muitas pessoas ainda acreditam que a retirada total da mama é sempre necessária. Entretanto, a cirurgia conservadora, acompanhada de radioterapia, tornou-se o tratamento-padrão do câncer de mama na atualidade, com indicação em 80% dos casos. Na cirurgia conservadora preserva-se a mama, realizando-se apenas a retirada do tumor com uma margem de segurança e posterior tratamento com radioterapia.
A mastectomia – que pode ou não incluir a preservação do mamilo – pode ocorrer, porém, em situações especiais, tais como: a presença de lesão grande em relação ao volume da mama, nódulos extensos e difusos, pacientes portadoras de mutações genéticas, em casos em que há contraindicação à radioterapia e, por fim, se houver o desejo expresso da paciente, e a impossibilidade de realizar a radioterapia.
4. Quanto menor a mama, menor o risco?
O risco é igual independente do tamanho. Esta é uma afirmação já consolidada na literatura, o estudo mais antigo data de 1977 e foi realizado na Universidade do Havaí. Um estudo europeu correlacionou a numeração do sutiã com o risco de neoplasia e concluiu que o tamanho da mama está comumente relacionado ao sobrepeso e que a obesidade atua como um fator de risco independente para o desenvolvimento de tumores.
5. Peso não influencia no risco de câncer de mama?
Pesquisas demonstraram que mulheres obesas na pós-menopausa têm mais risco de câncer de mama do que as com peso normal. Um estudo apresentado em dezembro de 2016 (WHI DM Trial, San Antonio Breast Cancer Simposyum), evidenciou que mulheres diagnosticadas com câncer de mama e que adotam uma dieta com baixa quantidade de gordura apresentam um menor risco de recidiva e morte pela doença. Mais um motivo para controlar a dieta e praticar exercícios!