Com o ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas e retomar o crescimento econômico, o País deve registrar uma queda nos gastos do governo central – formado pelas contas do Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social – no ano que vem.
De acordo com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, a projeção é que as despesas do governo central recuem em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e abram mais espaço no Orçamento Federal.
“O governo está cortando despesas. Em 2017 e 2018, a despesa projetada cairá 1 ponto [percentual] do PIB em relação a 2016, seguindo a PEC do Teto”, explicou o secretário, em sua conta no Twitter.
Aprovada no ano passado, o teto de gastos estipula um limite para o crescimento dos gastos públicos, evitando o endividamento excessivo do País e não permitindo que as despesas saiam do controle. Assim, há mais espaços para investimentos e crescimento, sem risco à segurança da economia brasileira.
Segundo Mansueto, a expectativa é que as despesas do governo central fiquem entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões abaixo do teto de gastos.
Previdência Social
O secretário alertou que a reforma da Previdência Social tem um papel importante para equilibrar as contas públicas e cumprir o limite dos gastos. “O Brasil precisa fazer a reforma da Previdência para garantir que pagará em dia as aposentadorias”, disse.
Essa também é a avaliação do economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini, que ressaltou a importância da proposta. “A reforma da Previdência é importante e já deveria ter sido feita há muitos governos”, reforçou.
Agostini também ressaltou a importância do limite aos gastos públicos, afirmando que a medida dará equilíbrio e sustentabilidade às contas públicas. O economista aponta que o equilíbrio fiscal é importante para retomar o crescimento e a credibilidade do País.