O petista teria recebido um apartamento como pagamento de propina da construtora OAS (Foto: Reprodução)
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da mulher dele, Marisa Letícia Lula da Silva, pediram ao juiz Sérgio Moro que amplie o prazo para a manifestação no processo que trata da denúncia de que o petista recebeu um apartamento como pagamento de propina da construtora OAS.
Os advogados argumentam que os procuradores do MPF (Ministério Público Federal) tiveram 55 dias para analisar mais de 16 mil páginas de documentos que foram anexados à denúncia contra o ex-presidente. Eles consideram esse prazo a partir da abertura de inquérito contra Lula. A defesa quer que Moro disponibilize a eles o mesmo prazo.
Inicialmente, Moro havia determinado que os advogados deveriam se manifestar no processo até esta terça-feira (4), quando completariam 10 dias desde a citação do ex-presidente e da mulher. No documento, os advogados alegam que o prazo é exíguo para que se possa exercer de forma plena a defesa de Lula.
Ainda de acordo com os advogados, a denúncia cita uma série de documentos que não estariam entre os que foram anexados quando o MPF abriu o processo contra o ex-presidente. Por essa razão, eles também solicitaram ao magistrado que libere à defesa o acesso a essas provas. Caso seja concedido o acesso, os advogados pedem que os 55 dias contem a partir do momento em que possam verificar os documentos.
O pedido dos advogados, no entanto, não rebate em nenhum momento as acusações do MPF. Por outro lado, a defesa de Lula voltou a dizer que não reconhece a imparcialidade do juiz Sérgio Moro e dos procuradores que ofereceram a denúncia contra o ex-presidente.
A petição ainda não foi avaliada pelo juiz Sérgio Moro. Caberá a ele decidir se aceita ou não os argumentos da defesa para a concessão de prazo aos advogados do ex-presidente. (AG)