Atendimento a dependentes químicos tem como foco a dignidade e a solidariedade

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O trabalho que Superintendência Estadual de Políticas Sobre Drogas (Sepoad) realiza para oferecer novas perspectivas para dependentes químicos e seus familiares vai além do encaminhamento para tratamento. “Aqui plantamos sementes de mudanças. Recebemos pessoas sofridas e mostramos novos caminhos, esperança”, resume o superintendente Waldo Alves.

As palavras dignidade, amor, solidariedade, acolhimento, reencontro e resgate, escritas no corredor principal do prédio onde funciona a Sepoad, no bairro Liberdade, dão as boas vindas aos visitantes.

Os servidores dizem que se realizam no cotidiano promovendo transformações na vida de pessoas que trazem histórias de muito sofrimento.

Ao receber em visita, nesta quarta-feira (17), o governador Confúcio Moura, o superintendente Waldo Alves apresentou os setores do órgão e explicou o que cada uma realiza. Segundo ele, a equipe realiza “mais com menos”, o que significa que a produção avança com custo reduzido.

Nas paredes do prédio, que já abrigou o Hospital Infantil Cosme e Damião, estão obras de arte que foram confeccionadas pelo educandos, as pessoas que passam por tratamento. Eles também foram envolvidos em outras tarefas como marcenaria, e trabalharam a madeira utilizada em divisórias, por exemplo.

A atividade laboral funciona como terapia, contribui para melhorar as instalações do Sepoad, ao mesmo tempo em que revela o potencial produtivo de cada envolvido nesta tarefa.

“Recebemos pessoas com muitas habilidades e mostramos que elas são úteis”, disse Waldo ao governador.

Aula sobre construção civil com o instrutor José Luiz: do orçamento à entrega das chaves

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A Sepoad recebe dependentes químicos e os encaminha, quando necessário, para tratamento nas comunidades terapêuticas do estado, que atendem mediante convênio.

ESPERANÇA

Na sala de reinserção são oferecidos cursos e oficinas às pessoas atendidas. Ali estão psicólogos que contribuem para conciliar aptidão com as atividades disponíveis.

Na Gerência de Tratamento, onde servidores da casa e estagiários acolhem dependentes químicos e seus familiares, a equipe é conhecida como Anjos da Paz.

Eventualmente, são chamados para visitar o dependente na própria casa a pedido da família. Neste setor está Lídia Barbosa da Silva, uma dedicada funcionária que pediu para compor a equipe por se identificar com o trabalho. Ela diz que se realiza com a missão de ofertar esperança diante de situações tão delicadas vivenciadas por quem pede ajuda ali.

“Estou onde sempre quis estar”, declara Lídia.

QUEM SABE FAZ A HORA 

Em outra sala, um grupo de crianças exercita as notas básicas de uma canção de protesto que já fez muito sucesso no Brasil: Caminhando, de Geraldo Vandré, que é mais conhecida pelo refrão “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. São oriundas de famílias afetadas pelas drogas que aprendem a tocar violão como parte do processo de acolhimento. A dependência química é considerada doença e afeta os membros do grupo familiar.

Paixão pelo que faz é visível em José Luiz Ximenes de Souza, um ex-aluno do Senai, que é instrutor na área de construção civil. Ele fala com orgulho que levou conhecimentos nesta área a todos os presídios de Porto Velho e que a recompensa é saber que os alunos saem com uma nova profissão. “Ensino do orçamento à entrega das chaves”, avisa.

Waldo Alves: este trabalho nos torna uma família e isto gera compromisso

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PARCERIAS 

O governador fez questionamentos a respeito do alcance do trabalho da Sepoad e estimulou Waldo Alves a buscar parcerias para potencializar os serviços da superintendência. Ele também elogiou os servidores pela dedicação.

Para Waldo Alves, as ações da superintendência constituem missão que provoca prazer. “Ao final do dia, quando avaliamos que acolhemos pessoas que têm uma trajetória de sofrimento e oferecemos conforto, concluímos que cumprimos a nossa meta”, admite.

Sobre as drogas ilícitas, Waldo diz que continuarão existindo e que é preciso ensinar a resistência a elas.

Ele acentua que os servidores comparecem ao setor nos finais de semana, mesmo que não sejam convocados, para atender a quem precisa. “O trabalho faz com que nos tornemos uma família. E as pessoas atendidas confiam em nós. Temos que fazer o melhor por elas”, finaliza o superintendente.

Fonte: Governo / RO

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