Segundo dados do centro, após observar a epidemia brasileira sobre o vírus, as autoridades da Polinésia Francesa revisaram seus números.
A epidemia de zika no Brasil permitiu que fosse constatada a relação entre o vírus e a microcefalia, disse um especialista do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, órgão da UE (União Europeia) responsável pela saúde.
Surtos anteriores em outras partes do mundo não haviam afetado populações suficientemente grandes a ponto de fazer-se notável o aumento do nascimento de bebês com má-formação. “De certa forma, eu diria que a importância da população afetada no Brasil foi a de servir de revelador para a associação com a microcefalia”, avaliou o chefe da unidade de vigilância e resposta do órgão, Deni Coulombier.
Comparando a epidemia brasileira às ocorridas em ilhas do Oceano Pacífico, Coulombier explicou que há duas razões para que o vínculo não tenha sido percebido anteriormente. “Não houve tantas mulheres contaminadas e houve poucos casos [de microcefalia], que mal puderam ser notados. Agora, o mesmo risco aplicado a uma grande população sem resistência ao vírus no Brasil, que é mais concentrado em questão de espaço, você acaba vendo de repente milhares de casos no mesmo hospital ao mesmo tempo.”
De acordo com dados do centro, após observar a epidemia brasileira, as autoridades da Polinésia Francesa revisaram seus números. Em 2013-2014 as ilhas sofreram com epidemia de zika e na revisão foi constatado um aumento no número de bebês nascidos com deformações no ano seguinte, passando de um caso para 17 casos na média anual.
Fonte: O SUL