Uma pessoa que trabalhava como bombeiro do museu morreu.
Chamas tomaram conta dos três andares e da cobertura.
Um incêndio de grandes proporções atinge o Museu da Língua Portuguesa, na região central de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (21), segundo informações do Corpo de Bombeiros. De acordo com a corporação, 37 viaturas e 97 bombeiros foram enviadas ao local. Os bombeiros disseram que por volta de 17h15 o incêndio foi controlado, mas por volta de 17h30 as chamas atingiram a torre do museu. Chove no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz morreu após sofrer uma parada cárdiorespiratória. Ele atuava como bombeiro do museu.
O museu estava fechado para o público nesta segunda-feira. O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz e tem três pavimentos e uma área de 4,3 mil m².
O fogo tomou conta de boa parte do museu. As chamas eram muito altas. A Estação da Luz do Metrô está fechada.
Marcos Palumbo, coronel do Corpo de Bombeiros, disse que o incêndio começou no primeiro andar e passou para os andares superiores.
“As chamas se propagaram de forma muito rápida. Tivemos a notícia que o incêndio começou e se propagou rapidamente até pela estrutura de madeira, material plástico e borracha que compõem o museu. Isso faz com que o fogo se propague rapidamente”, disse Palumbo à GloboNews.
Inaugurado oficialmente no dia 20 de março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas ao público no dia 21 de março daquele ano. Em seus três primeiros anos de funcionamento mais de 1,6 milhão de pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.
Isa Ferraz, curadora do Museu da Língua Portuguesa, diz que o incêndio é “uma tragédia”. “O museu é fruto de um trabalho de muitos anos de uma equipe multidisciplinar para criar algo completamente novo. O museu mudou paradigmas e virou referência internacional. Foi revolucionário não só pela tecnologia e formato mas pela maneira de encarar a língua portuguesa. Temos todos os arquivos de todo o conteúdo.”
A curadora disse que o museu em uma linha do tempo de 33 metros que reconstitui todo o caminho da língua portuguesa, africana e ameríndia até se encontrar no Brasil. “Tudo isso pode ser recuperado. vai ter de remontar os filmes. Temos muita coisa em back up.”
Fonte: G1