Execução Penal aposta na formação para ressocializar presas

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Corregedor-geral da justiça e juiz da execução penal apoiam cursos e instalação de biblioteca no presídio feminino

Ao participar da entrega de certificados do curso de instalação predial e encanamento, oferecido pelo Senai a 20 detentas do presídio feminino, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Daniel Ribeiro Lagos, destacou a importância da formação como “caminho para ressocializar de fato”. Segundo ele, “a profissionalização oferece real oportunidade às detentas, que ao sair da prisão podem ter oportunidade de ingressar no mercado e buscar o sustento para suas famílias”. Além disso, a formação conta para a remissão da pena.

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O juiz Gleucival Estevão, que responde pela Vara de Execuções Penais de Porto Velho, também esteve na solenidade e reafirmou o apoio para iniciativas como essa. “A educação, por si só, já é um grande feito na vida do ser humano, para aqueles que estão encarcerados, somando a questão da remissão da pena, a educação pode transpor os muros desta unidade e da vida”.

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Homenagem

A solenidade, ocorrida no próprio presídio feminino, teve ainda um momento de reconhecimento, considerado pelo corregedor, como uma “justa homenagem” à ex-diretora da penitenciária feminina, Salete Vergani, falecida em 2014, que batizou a biblioteca da unidade. “Pelo trabalho e dedicação, pelo carinho e pela firmeza que sempre teve diante da grande responsabilidade de administrar uma unidade, ela merece muito mais”, garantiu o magistrado, que sempre encontrou em Salete uma grande parceria, quando atuou como juiz das execuções penais.

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O projeto de criação da biblioteca foi liderado pela agente penitenciária da unidade, Auricélia Gouveia, que também é universitária do curso de biblioteconomia, e contou com o apoio e doações de professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir). “Atendendo à recomendação do CNJ e à determinação do juiz da Vara de Execuções Penais, organizamos um espaço e tivemos a ideia de homenagear a Salete que foi diretora por muito tempo. Não conseguimos ver a mudança dentro do sistema prisional sem livros, é uma maneira barata, fácil e acessível de reintegrar os presos a sociedade, e eu acho que é uma das maneiras das mais corretas”, afirmou.

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Durante a solenidade de inauguração da biblioteca, as filhas de Salete estiveram presentes e agradeceram a homenagem a mãe. “Praticamente crescemos dentro dessa unidade. Nossa mãe sempre foi muito rígida e exigente, sempre exigiu o melhor das pessoas, enxergava nelas a melhor qualidade e ela sempre trabalhou para melhorar a vida das reeducandas dentro da unidade”, finalizou.

Fonte: TJ-RO – Assessoria de Comunicação

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