Salvador reúne milhares que pedem para escolher novo presidente

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Milhares de pessoas participaram do ato político, artístico e cultural, na Barra, que teve como intuito a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e a realização de eleições diretas para a Presidência da República. A concentração começou às 14h em frente ao Farol da Barra, e as apresentações artísticas tiveram início por volta das 15h. Segundo a organização, 80 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar da Bahia reforçou por nota que não divulga estimativas de público.

A primeira apresentação foi do grupo Pirombeira, seguido pela banda Levante. O ato reúne, além de artistas, integrantes de movimentos sociais e partidos como PT, PCdoB, PSB e PSOL. Os organizadores do ato acreditam que manifestações como essa podem mobilizar o Congresso a aprovar a PEC das eleições diretas em caso de saída de Temer.

Os participantes do ato carregaram bandeiras de partidos e movimentos. As apresentações artísticas foram realizadas em um trio parado em frente ao Farol da Barra. A banda BaianaSystem, foi uma das principais atrações.

“Estamos aqui para unir as pessoas, para apoiar um projeto d  reconciliação no país e para mostrar que há esperança, mesmo nesse contexto de democracia combalida”, disse o cantor Manno Góes, que também participou do ato.

O senador amapaense João Capiberibe (PSB) acredita que só eleições diretas podem fortalecer a democracia do Brasil, fragilizada, segundo ele, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa representação política que está no Congresso não tem moral para resolver a crise”, disse o congressista, que participou do ato acompanhado da correligionária e senadora Lídice da Mata.

Durante o ato, artistas revezam suas apresentações com pronunciamentos de políticos e personalidades. Parte dos participantes do ato usam bonés pedindo a volta do ex-presidente Lula.

Daniela Mercury e Margareth Menezes se apresentaram por volta das 18h, cantando juntas, durante maior parte do tempo. “Só as diretas podem recuperar a democracia”, afirmou Daniela, que antes de subir ao trio afirmou que cabia aos artistas ocupar o espaço de chamar a sociedade para esse debate.

O grupo de rap Nova Era cantou uma música com críticas à Polícia Militar, o que irritou policiais que trabalharam no ato. Muitos reclamaram da letra da música e disseram que o grupo estava ofendendo a corporação.

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