A Defesa Civil Municipal apresentou o plano de contingência anual para enchente do rio Madeira, em Porto Velho. O documento alinhava ações de prevenção, ainda que os prognósticos atuais não apontem para anomalias como inundações, apesar da ocorrência de chuvas acima da média, explicou o diretor Marcelo Silva dos Santos.
O plano foi apresentado no auditório do centro regional do Sipam, com representantes do Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público Federal, CPRM, Base Aérea, 17ª Brigada, Polícia Rodoviária Federal, 5º BEC, Defesa Civil municipal e do Sipam, do vice-prefeito Edgar do Boi Tonial e do subsecretário Wellen Prestes (Serviços Básicos).
Marcelo informou que, desde 2014, quando ocorreu a histórica cheia do Madeira, o município está preparado para executar ações especiais que se fizerem necessárias. Há três anos Porto Velho enfrentou a maior cheia do rio, com 19,74 metros, desde a anterior mais grave, em abril de 1997, com 17,52 metros. “Hoje, podemos dizer que o comportamento do rio é preocupante, mas nada como em 2014, quando os bairros Triângulo, São Sebastião, Panair, Nacional, Baixa da União, Mocambo, Balsa, Areal, Centro, Tucumanzal, Vila Tupi, Roque, Santa Bárbara, Arigolândia, foram atingidos.
Os 10 primeiros bairros geralmente são atingidos quando o Madeira ultrapassa os 17 metros, enquanto Triângulo, Nacional e Baixa da União, em quase todas as cheias do rio, que comprometeram todas as comunidades ribeirinhas. Isso causou graves prejuízos sociais e econômicos. “Na época, fomos todos pegos de surpresa, mas hoje estamos prontos, graças, principalmente aos parceiros, todos prontos desde janeiro, monitorando e acompanhando tudo, dando resposta a qualquer sinistro”, reforça Marcelo.
O vice-prefeito Edgar do Boi agradeceu o apoio que a prefeitura tem recebido de todos os parceiros, lembrando que “o município deve estar pronto a agir, para que os moradores não corram riscos, especialmente as comunidades ribeirinhas”, disse ao reforçar o apoio que o prefeito dr Hildon Chaves tem dado à Defesa Civil e seus agentes.
SINAIS
Segundo o diretor do Departamento de Defesa Civil de Porto Velho, a prontidão vai além das ações práticas, com especial atenção ao Belmont, em situação de vulnerabilidade, onde o município já recebe apoio na recuperação de trechos da estrada. “Atualmente, na região ocorre erosão fluvial idêntica à do Médio Madeira, onde registram-se ventos acima da média. Já tivemos reflexos de abalos sísmicos, tudo de causa natural, mas há também influência da ação do homem, de embarcações que provocam grandes banzeiros, desbarrancamentos, atracação e amarração irregular”.
O Madeira é um rio novo, em formação, estando, portanto, “sujeito a mutações e não precisa que o homem agrave isso, comprometendo o meio ambiente a economia e a segurança de comunidade. No caso da estrada do Belmont, ela concentra importante número de empresas estratégicas em abastecimento. Precisamos agir para evitar que ela seja definitivamente interditada”, alertou Santos.
Fonte: Comdecom