PIB de Rondônia pode duplicar em 10 anos, afirma Confúcio Moura durante evento

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Com a abertura feita pelo governador Confúcio Moura, a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) de Rondônia iniciou na noite da ultima quinta-feira (20), o Ciclo de Estudos e Pesquisas no auditório do 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC).  São diversas palestras para lideranças e militares associados, e o principal tema de discussão é a importância do corredor bioceânico para a Amazônia Ocidental.

Confúcio Moura fez breve explanação sobre ações de seu governo, sobre o contexto econômico de Rondônia, ressaltando o crescimento positivo detectado pelo IBGE, que em 2015 apontou crescimento de 4,5%, muito acima da média nacional, e que “o Estado de Rondônia promete muito”.

“Duas políticas a ser feitas nos próximos cinco anos serão suficientes para mudar o Produto Interno Bruto (PIB) de Rondônia. Em dez anos, esse PIB poderá duplicar. Primeiro é a recuperação de áreas degradadas por pastagem, e a segunda é a regularização de 90 mil propriedades sem documento, de médios e grandes fazendeiros. Imaginem essas propriedades titularizadas, produtivas e com crédito bancário. A riqueza é incalculável”, afirmou.

São questões que o governador pretende apresentar ao presidente Michel Temer, em audiência solicitada, como também a realidade dos conflitos fundiários. “Infelizmente temos coisas negativas. Temos 170 mandados de reintegração de posse; traz grande desassossego para as propriedades que estão sofrendo crueldades, agressões violentas, botam fogo nos pastos, matam gado”, relatou.

Ressaltando a “recessão econômica dura no Brasil”, nunca vista nem mesmo na década perdida (anos 80), Confúcio Moura disse que fazer gestão hoje não tem segredo. “Bom gestor não é o que tem muito dinheiro. É o que sabe administrar as despesas. Todo dia eu corto alguma coisa do gasto público; no consumo de energia, de água, no uso de veículos, que junto com o combustível é centralizado e controlado no estado inteiro. Assim, temos sobra de recursos para pagar salários e fornecedores em dia”, afirmou.

Há também, segundo o governador, margem de sobra para investimento, ainda que pouca, e espaço para endividamento, mas ele garantiu que não irá mais fazer empréstimos. “Vou captar recursos de outra forma nos dois anos de governo que restam; procurar arrecadar melhor, para não deixar o estado endividado. Não vou deixar essa herança para o futuro governo”, garantiu.

MODERNIZAÇÃO E TRANSPARÊNCIA

Além de administrar a despesa, outra preocupação da gestão, segundo Confúcio, tem sido a de modernizar a estrutura de governo para melhorar as ações. “Ao receber o Estado de Rondônia, verifiquei que tínhamos um contador, que era o Brasil. Quero ainda dar uma medalha, agraciar esse cidadão, hoje com seus 70 anos, porque ele fechava a contabilidade do estado sozinho. Como é possível isso? ”, indagou.

“Hoje temos uns 50 profissionais da carreira da contabilidade pública para equilibrar os balanços de cada exercício, e não era assim, não havia a carreira típica. Quando recebi o governo a parte de compras públicas funcionava com cargos comissionados. Fizemos concurso, hoje temos uma Superintendência de Compras, informatizada, um sistema sólido, com pregoeiros, economistas, contadores, para fazer o fechamento dos preços e das compras. Pelo menos 90% dos negócios públicos são feitos por pregão eletrônico”, destacou.

Sentindo-se como “vendedor de esperança e confiança” para dentro e fora de seu governo, Confúcio Moura acrescentou que a busca da modernização é uma das razões para que Rondônia tenha obtido nota 10 em transparência pela Controladoria Geral da União (CGU). “Queremos aumentar mais ainda a transparência pública para realmente sermos cada vez mais democráticos com os números colocados à disposição do cidadão de Rondônia”, asseverou.

O governador Confúcio Moura disse que a gestão tem sido marcada também por colaborar com todos os prefeitos, independentemente de partidos políticos. “Eu passei a ser um prefeito distribuidor de riquezas para o Estado de Rondônia. Não tem um prefeito que não tenha ajudado, que não tivesse feito um serviço que eles não puderam fazer porque não tem dinheiro. Tapamos buracos, fizemos pontes, asfalto”, disse, registrando que haviam no inicio de seu governo pouco mais de 140 máquinas rodoviárias e hoje são 650, adquiridas pelo estado.

“O município não é mais a economia do contracheque.  Há um empreendedorismo natural”, apontou Confúcio Moura, que expande a produção agrícola com soja e milho e tornou Porto Velho o primeiro lugar em rebanho bovino. “Isso tudo há 20, 30 anos não existia. As lavouras estão entrando forte em Candeias do Jamari, Itapuã, passam depois por Jacy-Paraná e chegam a Extrema muito forte”, resumiu.

O governador destacou, ainda, a importância da produção de peixes em cativeiro. “Rondônia é o maior produtor em cativeiro do País. Eram 10 mil toneladas por ano e agora já são mais de 120 mil toneladas por ano, e temos um portal de comercialização”, citou, informando também sobre a instituição da política agrícola de floresta plantada, um programa “para diminuir o impacto do desmatamento sobre nossas florestas nativas”.

Com participação do general Costa Neves, da 17ª Brigada de Infantaria e Selva; e do secretário de Segurança Pública, Defesa e Cidadania, Antônio Reis, a abertura do Ciclo de Estudos e Pesquisas da Adesg Rondônia foi feita ainda pelo delegado da entidade, professor Helder Risler, que em fevereiro deste ano assumiu a função.

‘‘O nosso objetivo com as palestras é divulgar o curso que iremos promover em 2017 com duração de quatro meses, e terá como tema o planejamento para viabilizar o corredor bioceânico’’, afirmou Risler.

Nesta sexta-feira (21), os temas de exposição são Segurança e Defesa na Amazônia Ocidental e a Importância do Corredor Bioceânico para a Amazônia Ocidental, a ser proferidos respectivamente pelo general de Brigada, Ricardo Augusto Ferreira; e o vice-governador Daniel Pereira.

Fonte: Assessoria

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