PALOCCI DEPÕE E NEGA SER “ITALIANO” DA ODEBRECHT

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Ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (26), negou em seu depoimento que tenha beneficiado a empreiteira Odebrecht ou que tenha recebido algum tipo de vantagem indevida por parte da construtora; Palocci também negou que a pessoa identificada pelo codinome “italiano”em trocas de mensagens com o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht seja ele.

O  ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (26), negou em seu depoimento à Polícia Federal que tenha beneficiado a empreiteira Odebrecht ou que tenha recebido algum tipo de vantagem indevida por parte da construtora. Ele também negou que a pessoa identificada pelo codinome “italiano”encontrado em trocas de mensagens com o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht seja ele.

Segundo o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, o depoimento durou cerca de 3 horas e ao longo deste tempo o ex-ministro teria demonstrado que as acusações feitas contra ele pelo Ministério Público Federal (MPF) são improcedentes. Sobre as suspeitas de que Palocci teria usado de sua influência no governo para aprovar uma medida provisória que resultaria em benefícios tributários e fiscais que favoreceriam a construtora,  Batochio disse que o ex-ministro sempre foi contra a MP e que teria, inclusive, pedido ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vetar a proposta.

“Como se sustenta a acusação de que ele teria trabalhado para aprovar se a Câmara registra o voto contrário?”, questionou Batochio. O advogado também disse que os encontros que o ex-ministro manteve com o empresário Marcelo Odebrecht fazem parte das atividades de interlocução do ministro com o empresariado. Segundo ele, Palocci mantinha relações institucionais com o ex-presidente da empreiteira, que também foi preso em um dos desdobramentos da Lava Jato.

“Com o Marcelo Odebrecht e com a torcida do Corinthians e do Brasil (relacionamento com a Odebrecht), porque ele falava com todo o empresariado, nacional e estrangeiro, como era da sua obrigação institucional como ministro da mais importante ou de uma das mais importantes pastas do governo que é o Ministério da Fazenda”, destacou.

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