Sambista Almir Guineto, do Fundo de Quintal, morre no Rio aos 70 anos

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Morreu nesta sexta-feira (5), o sambista Almir Guineto, de 70 anos, um dos fundadores do Fundo de Quintal. Segundo comunicado, o falecimento foi em decorrência de complicações trazidas por problemas renais crônicos e diabetes. Ele estava internado no Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador, há 69 dias.

Na tarde de ontem, Almir teve uma parada cardíaca, foi reanimado e respirava com ajuda de aparelhos. O musico deixa, esposa Regina Caetano, 3 filhos: Almirzinho Serra, Walmir Serra e Hugo Serra e 4 netos.

“A família do cantor agradece pelas orações e o carinho de todos os fãs e admiradores. As informações sobre o velório e o sepultamento serão divulgadas em breve”, diz parte do comunicado divulgado na página do cantor em uma rede social.

O “Sambista Completo”, como era conhecido, vinha lutando há quase um ano e meio contra problemas renais crônicos, o que o impossibilitou de assumir compromissos em shows e apresentações. Além disso, ele estava tratando uma pneumonia e complicados da diabetes.

Nascido e criado no morro e no samba

Nascido no Morro do Salgueiro, na Tijuca, em 12 de julho de 1946, Almir de Souza Serra teve o samba no sangue. Sua mãe, Nair de Souza, a “Dona Fia”, era costureira e umas das principais figuras da escola de samba que leva o nome da comunidade. Seu pai era Iraci, violonista do grupo Fina Flor do Samba. O irmão mais novo era Lourival, outra figura reverenciada pelos sambistas: o Mestre Louro, morto em 2008, histórico diretor de bateria do Salgueiro. Já o mais velho era o Francisco de Souza Serra, o “Chiquinho”, do grupo Originais do Samba, onde Guineto iniciou a carreira.

Na década de 70, integrou o grupo de compositores e cantores que frequentavam o Cacique de Ramos. Lá, criou o Fundo de Quintal com Jorge Aragão, Ubirany e companhia, onde inovou o mundo da música ao introduzir um banjo com braço de cavaquinho no samba, instrumento até hoje utilizado. Ao mesmo tempo, também integrava a diretoria de bateria do Salgueiro.

Compositor de sucessos como “Mordomia”, “Conselho”, “Caxambu” “Coisinha do pai”, “Não quero saber mais dela” e “Lama nas ruas”, também fez carreira solo após deixar o Fundo de Quintal. Nos últimos anos, tocava a vida artística em São Paulo, onde chegou a gravar com o rapper Mano Brown, do Racionais MC.

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