Primeiro governador de Rondônia, Jorge Teixeira é homenageado no dia que faria 95 anos

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A 17ª Brigada de Infantaria de Selva (Brigada Príncipe da Beira) do Exército Brasileiro homenageia nesta quarta-feira (1º de junho), o coronel Jorge Teixeira de Oliveira, governador que transformou Rondônia em Estado.

Gaúcho de General Câmara, onde nasceu há 95 anos, lembrados nesta data, Teixeirão se tornou um dos maiores vultos da história amazônica ocidental.

Na véspera desse acontecimento, a jornalista Cida Souza percorreu as salas da casa onde morou o ex-governador, transformadas em Memorial desde 1993, com a adesão de 63 amigos dele e de colaboradores.

A ex-diretora de comunicação do Governo de Rondônia e presidente do Memorial apelou: “Precisamos apoio para preservar esta exposição permanente”.

Quadros, cópias de reportagens jornalísticas, medalhas, objetos pessoais, lembram a transição entre o extinto território federal e o estado que, ainda em 1981, ganharia o slogan: “a mais nova estrela no azul da União”.

Em janeiro de 2014, o então comandante da 17ª BIS, general de brigada Ubiratan Poti, iniciava a restauração do memorial, conquistando parcerias da Federação do Comércio (Fecomércio), Energia Sustentável do Brasil, Rede Amazônica, entre outras.

“Recebemos doações de material de construção, não faltaram tinta, cimento e material, 40 homens trabalharam exaustivamente aqui”, conta Cida Souza.

O apoio dos primeiros parceiros proporcionou a primeira recuperação da casa antiga, que continua dependente do voluntariado.

Atualmente, quadros emoldurados começam a ficar amarelados, devido à infiltração. Dezenas de fotos também exigem retoques.

Teixeirão aparece ao lado de ferroviários e na janela do trem, durante a reativação do trecho entre as estações de Porto Velho e Santo Antônio; ao lado ministro do Interior, Mário Andreazza – que destinou recursos a diversas obras públicas na Capital e no Interior – e no ato inaugural do Hospital de Base Ary Pinheiro.

Também há fotos dele com secretários, diretores de empresas públicas, assessores, de colonos e diferentes categorias sociais.

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Cida Souza, diretora do Memorial

Segundo Cida Souza, o material envelhecido pode ser recuperado, mas depende de novas doações de recursos. “Isso tem um custo, penso até em convidar quem está na foto, para vir aqui salvá-las”, disse.

Depois da primeira intervenção da 17ª BIS, o novo comandante, general André Novaes, também apoiou a manutenção do memorial, porém, a cheia de 2014 fechou as suas portas por um ano. “Ouvimos muitas críticas”, lembra Cida.

Depois, mais um comandante, o general  Ricardo Costa Neves, interveio, concluindo as obras de reformas na parte elétrica, pintura, troca de telhas e substituição do painel de madeira por vidro. O sonho de Cida é trazer para o jardim do memorial a estátua de Teixeirão, que fora abandonada no canteiro da avenida com o nome do ex-governador. “Nem identificação ela tem mais, e se ficar lá pode até ser destruída.

Notável reconhecimento: o memorial expõe retratos de dois mordomos, um motorista, dois jardineiros, uma lavadeira e dois cozinheiros. Cida soube pela historiadora Yedda Borzacov que Manaus também construiu um espaço para lembrar Teixeirão, que lá foi prefeito.

QUEM FOI

*  Aspirante da Arma de Artilharia na Academia Militar das Agulhas Negras em 1947. Formou-se também em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* Casou-se em 1950 com Aida Fibiger de Oliveira, com quem teve um filho, Rui Guilherme Fibiger Teixeira de Oliveira.

* Paraquedista oficial de Estado-Maior e especialista em guerra na selva, criou e foi o primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva. Também foi o primeiro comandante do Colégio Militar de Manaus.

* Coronel da reserva durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), Teixeira foi nomeado em 1973 para assumir a Prefeitura Municipal de Manaus, onde ficou até março de 1979.

* Foi o último governador do antigo Território Federal de Rondônia e o primeiro governador do novo Estado. Indicado pelo general João Baptista de Oliveira Figueiredo, assumiu em 10 de abril de 1979. Missão: transformar o Território Federal de Rondônia em Estado.

* Em 16 de dezembro de 1981, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei complementar nº 221-A/81, originando a Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, que criou o Estado de Rondônia. “Teixeirão”, como era conhecido, foi reempossado no cargo de governador — agora do estado — em 29 de dezembro de 1981, em Brasília. Governou até 1985.

* Morreu de infarto, em 28 de janeiro de 1987, no Rio de Janeiro, aos 65 anos.

Fonte: Secom – Governo de Rondônia

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