Piadas racistas fazem maior estrela do YouTube perder contrato com a Disney

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O caso veio à tona nesta segunda-feira, 13. O Wall Street Journal fez um levantamento sobre o conteúdo de “PewDie”, cujo nome verdadeiro é Felix Kjellberg, porque ele havia publicado nove vídeos com conteúdo antissemita recentemente. Quando questionou a Disney, que era parceira comercial do youtuber, o jornal ouviu que o contrato estava encerrado.

A ligação entre Kjellberg e a Disney se dava por meio da Maker Studios, uma rede de canais que o ajudava a administrar questões como desenvolvimento de aplicações e merchandising. O contrato garantia total liberdade criativa ao youtuber, mas um porta-voz da Disney disse que ele “claramente foi longe demais”.

Em um dos vídeos, homens pagos por Kjellberg aparecem segurando uma placa em que se lê: “Morte a todos os judeus”. Em outro, um homem fantasiado de Jesus diz que “Hitler não fez nada de errado”. Há vídeos com exposição da suástica, com fotos de Adolf Hitler, com o hino do Partido Nazista… em um deles, Kjellberg aparece usando um boné com a inscrição “Make America Great Again”, slogan de campanha do hoje presidente americano, Donald Trump.

Kjellberg chegou a reconhecer que passou da linha em alguns desses vídeos e tocou no assunto em um post recentemente publicado no Tumblr. Sem admitir culpabilidade, ele fez questão apenas de informar que “de forma alguma” apoia “esse tipo de atitude odiosa”. Isso foi necessário para distanciá-lo de grupos neonazistas que demonstraram concordância com seus vídeos. “Penso no conteúdo que eu crio como entretenimento, e não um lugar para comentários políticos sérios”, escreveu.

Segundo o WSJ, o Google tinha proibido Kjellberg de fazer publicidade em ao menos um dos vídeos, e mais tarde o próprio youtuber retirou três das nove publicações. O canal PewDiePie costumava ser mais focado em jogos, mas com o tempo acabou se voltando ao entretenimento geral e hoje Kjellberg é dono de um negócio que está representado em outras mídias, como livro, jogos autorais e uma série no YouTube Red, versão paga do site de vídeos. Seu canal principal conta com mais de 53 milhões de assinantes e mais de 14 bilhões de visualizações. Isso garantiu uma receita superior a US$ 15 milhões no ano passado.

Fonte: OlharDigital

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