Nota em matemática com 1.008,3 pontos é recorde no Enem, diz Inep

matematica_enem.jpg

Um candidato que obteve 1.008,3 pontos em matemática na prova de 2015 é considerado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como o recordista na história do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“A nota máxima chegou a 1.008,3, a maior já registrada na história do exame — na edição anterior, o máximo ficou em 973,6.

A tendência de aumento no desempenho em matemática comprova a melhor qualificação dos participantes nesta área. O desempenho mínimo foi de 280,2″, divulgou o Inep em nota.

Notas máximas e mínimas alcançadas
Ainda segundo o Inep,. a prova de ciências da natureza registrou a nota máxima de 875,2 e a mínima de 334,3.

Em ciências humanas, o desempenho máximo chegou a 850,6; o mínimo, a 314,3. A prova de linguagens e códigos teve como nota mais alta 825,8; a mais baixa, 302,6.

Mito e funcionamento da TRI
A nota acima dos mil pontos quebra um dos mitos da correção do Enem. As provas do Enem são corrigidas com base na teoria de resposta ao item (TRI), diferente do sistema dos vestibulares tradicionais, nos quais o número de acertos corresponde à média final.

Até a edição 2015, apenas na redação tinham sido divulgados casos de alunos que conseguiram exatos mil pontos.

Na TRI o número de acertos não equivale ao resultado diretamente. A TRI considera o nível de dificuldade das questões. Alguns especialistas independentes chegavam a cogitar que as notas do Enem sempre ficariam entre mil pontos e 200, o que o Inep diz que não procede.

Segundo o Inep, as atribuições de valor em cada questão levam três quesitos principais em consideração:

– “Poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir os participantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm.”

– “Grau de dificuldade”

– “Possibilidade de acerto ao acaso. Ou seja, de chute”

Segundo o Inep, “com a TRI, o número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões refletem-se no resultado. Acertar um número maior de itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra, cujo número de acertos foi inferior”.

Ainda segundo o instituto, “como a TRI pressupõe que um candidato com um certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor e errar aqueles com nível de dificuldade maior, o padrão de respostas do participante é levado em consideração no cálculo do desempenho. Como a TRI não tem um limite, inferior ou superior, padrão entre as áreas de conhecimento, as notas dos participantes não variam entre zero e mil. Elas podem ultrapassar os mil pontos”.

Fonte: G1.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

verificação *

scroll to top