Missões do Grupamento de Operações Aéreas envolvem remoção de pacientes e transporte de órgãos para transplante

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A primeira missão do Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros Militar, na última sexta-feira (20) foi o serviço de remoção aeromédica de um paciente de Guajará-Mirim (a 366 quilômetros de Porto Velho), que sofreu um golpe de faca e precisou se deslocar para uma cirurgia de emergência em Porto Velho. Casos como esses fazem parte da rotina diária dos militares que atuam salvando vidas em Rondônia.

Casos inesperados também acontecem. Neste ano, em Vilhena, a equipe do GOA se deslocou para o município para buscar um paciente que iria realizar uma cirurgia de alta complexidade na capital e chegando lá recebeu a notícia de um açougueiro que havia acabado de cortar o pulso num acidente de trabalho, de tal maneira que se não chegasse à capital em 3h corria risco de perder a mão. De imediato a equipe optou por primeiro trazer o paciente para não perder a mão; e depois trazer o da cirurgia. Tudo isso ajustado com resolução médica, sendo ao final o resultado positivo para os dois pacientes.

Mas o que ficou marcado na memória de muitos rondonienses foi o parto da pequena Alice Penha, no dia 12 de abril do ano passado. Ela nasceu a 7,5 mil pés de altitude, no avião do GOA prefixo PT-DPH, quando sobrevoava o distrito de Nova Dimensão, município de Nova Mamoré. Após o parto, com êxito da equipe do GOA, ela foi atendida no Hospital de Base (HB) Ary Pinheiro, na capital.

Com uma média de 300h de voo e 40 missões no primeiro trimestre deste ano, incluindo remoção de pacientes para tratamento de saúde em hospitais de Recife, Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia, o GOA opera com três aeronaves, sendo dois aviões, um bimotor modelo baron, da fabricante Beecraft, com capacidade para seis pessoas; outro modelo monomotor 210 K, da fabricante Cessna, com capacidade também para seis pessoas; e um helicópteros esquilo, modelo AS350B, da fabricante Eurocopter, com capacidade para seis passageiros.

Trabalham na equipe do Grupamento de Operações Aéreas, uma bombeira médica, seis pilotos, sete tripulantes operacionais, uma bombeira enfermeira, dois médicos cedidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e três mecânicos de aeronaves.

O GOA faz também o transporte de medicamentos e de órgãos captados no interior do estado. Cacoal e Ji-Paraná são os municípios onde mais ocorrem doações de córneas, coração, fígado e rins, para cirurgias feitas no HB.

O comandante do grupamento, capitão Philipe Rodrigues Maia, explicou que as remoções aeromédicas de pacientes, tanto em Rondônia quanto para outros estados, são solicitadas pela Sesau. “Em quatro anos de serviços aéreos nunca houve nenhum tipo de complicação, nem com pacientes, nem com tripulação”, garantiu.

Para o próximo ano, está previsto um reforço na frota com a aquisição de uma aeronave, da fabricante Cessna, com capacidade de transportar 12 passageiros para maior eficiência nas operações aéreas no que se refere à remoção aeromédica, missões de defesa civil e transporte de tropas.

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