Menina pode ser primeira mulher a ter síndrome do “homem-árvore”

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Filha de família pobre, criança de 10 anos está sendo tratada na capital de Bangladesh

Sahana Khatun, cuja doença ainda não foi confirmada, está sendo acompanhada por equipe de médicos – STR / AFP

Uma menina de 10 anos, nascida em Bangladesh, pode ser a primeira pessoa do sexo feminino a portar uma síndrome conhecida como a do “homem-árvore”, segundo revelaram, nesta terça-feira, médicos que estudam esta rara condição genética. Sahana Khatun tem protuberâncias semelhantes a pequenos arbustos saindo de suas bochechas, orelhas e nariz — mas os doutores do Hospital Universitário de Daca ainda estão conduzindo testes para verificar se a menina tem o raro distúrbio.

Menina de 10 anos tem protuberâncias em forma de arbustos em seu rosto - STR / AFP

Menina de 10 anos tem protuberâncias em forma de arbustos em seu rosto – STR / AFP

Menos de meia dúzia de pessoas no mundo têm a Epidermodisplasia verruciformis — mas nenhum caso documentado, até agora, é de uma mulher, segundo a doutora Samanta Lal Sen, uma das médicas envolvidas no caso.

O pai de Sahana, um pobre agricultor do Norte do país, conta que não se preocupou muito quando pequenas verrugas começaram a surgir no rosto da menina. Porém, conforme elas se espalharam e cresceram, ele ficou preocupado e levou a filha para o hospital, na capital Daca.

— Somos muito pobres. Minha filha perdeu a mãe dela quando tinha apenas 6 anos. Eu realmente espero que os médicos retirem as cascas do lindo rosto de minha filha — lamentou Mohammad Shahjahan.

Outro médico que está cuidando do caso classificou a manifestação da síndrome na menina como tendo gravidade mediana e afirmou que ela poderia ter uma recuperação da doença mais rápida do que pacientes em estado mais avançado. O mesmo hospital vem cuidando de um homem, há quase um ano, com a mesma doença — sendo necessárias 16 cirurgias para retirar os enormes arbustos de suas mãos e pernas.
Abul Bajandar, de 27 anos, chegou a ter arbustos de 5 kg em suas mãos, e foi o primeiro caso documentado em Bangladesh. Seu drama capturou a atenção do país, fazendo com que o primeiro-ministro, Sheikh Hasina, prometesse que o jovem teria tratamento médico gratuito.
Segundo os médicos, Bajandar pôde, pela primeira vez em uma década, tocar sua esposa e filha, em janeiro.

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