Janot pede prisão de Joesley, Saud e ex-procurador Miller

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Pedro Ladeira/Folhapress)

Pedido do procurador-geral da República ainda precisa ser analisado pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para prender o empresário e dono do grupo J&F, Joesley Batista. O pedido ainda precisa ser analisado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Janot também pediu a prisão do diretor do J&F, Ricardo Saud, e do ex-procurador Marcello Miller.

Em conversa entregue pela própria defesa da JBS, Saud e Joesley conversam sobre a suposta interferência de Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada. O ex-procurador ainda fazia parte do Ministério Público quando começou a conversar com os executivos, no final de fevereiro. Ele foi exonerado da instituição apenas em abril.

Na segunda-feira, Janot abriu um procedimento de revisão do acordo de delação dos empresários. Além das prisões preventivas, ele vai pedir a revogação do benefício de imunidade penal concedido aos delatores.

As prisões já vinham sendo analisada por Janot nos últimos dias. Na quinta-feira, os executivos prestaram esclarecimentos à PGR, mas não convenceram. A avaliação na instituição é de que o discurso era somente para manter a validade do acordo, mas os fatos narrados foram graves.

No caso de Miller, há auxiliares de Janot que avaliam que ele atuou junto à JBS com uso de informações privilegiadas que possui por ter integrado a equipe do procurador-geral da República e pode ter incorrido no crime de obstrução de justiça e exploração de prestígio.

Fonte: O ESTADO DE S. PAULO

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