Ferocit abre inscrições para alunos cientistas de escolas de todo o estado; 14 inventos de Rondônia foram premiados em 2015

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Na cadeira de rodas, a pessoa pensa e ela toma rumo automaticamente. Denominado Interfaciamento eletrônico entre cérebro e máquina-II, a experiência de alunos do Ensino Médio do Rio Grande do Sul será conhecida em Porto Velho, na 3ª Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (Ferocit), de 13 a 15 de setembro deste ano.

Se depender da ciência, portadores de deficiência física têm muito a ganhar deste a edição de 2015, quando a Ferocit premiou alunos autores do Mobilidade Deficiente, uma cadeira de rodas com canos de PVC projetada no Centro de Ensino Classe A.

“Quem sabe a saúde pública conveniada com hospitais, entre eles o Santa Marcelina, possa utilizar esse invento”, sugeriu hoje o técnico Ederson Rodnei Dantas Rodrigues, um dos coordenadores da feira.

Com inscrições abertas na semana passada, coordenadores da Ferocit esperam revelar mais alunos criativos de escolas do Ensino Médio rondoniense nas redes estadual, federal, municipal, incluindo estabelecimentos particulares. O prazo de inscrições vai até o próximo dia 27 de julho.

A Fundação de Amparo à Pesquisa de Rondônia (Fapero) vai expor no evento. Em termas de participação com trabalhos e palestrantes, a  Seduc tem parcerias nacionais e internacionais.

Um dos coordenadores da feira, Ederson Rodrigues apelou à “percepção da sociedade, de instituições e do próprio governo, no sentido de amparar e apoiar a criatividade dos seus alunos”.

“Mesmo enfrentando limitações orçamentárias, precisamos ver que a Ferocit reúne condições de prioridades nas áreas de educação e de inovação tecnológica”, ele avalia.

Justifica: “Basta ver quem vem, e por enquanto, cito apenas três: Colômbia, México e o Estado do Rio Grande do Sul, todos bem qualificados”.

Das edições anteriores à Ferocit 2015, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) enviou alunos premiados para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) em São Paulo, considerada a maior feira do gênero na América do Sul; Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset Brasil) em Fortaleza (CE), Feira Internacional de Ciências Jovem Olinda (PE), Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) em Porto Alegre (RS) e Mostra de Ciências e Tecnologia da Escola Açaí em Abaetetuba (PA).

“Ao todo, 18 vagas”, comentou Emerson Rodrigues.

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Ygor Romano [2º à esq] criou invento para tratamento d’água e participou de feira nos Estados Unidos

No entanto, há dificuldades financeiras, ele reconhece: “Do NAAHS [Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação], por exemplo, uma professora e dois alunos ainda não conseguiram recursos para participar da Feira Internacional de Ciência no Chile, onde está prevista apresentação do invento Robô para vacinação agropastoril”.

Para a Febrace 2016, de 15 a 17 de março deste ano, na Poli-UPS, o governo estadual financiou um aluno, enquanto no anterior garantiu dois; para o Milset Brasil, dois viajaram em 2015 e um participará este ano, por conta própria e auxiliado por amigos e familiares.

“Temos disponibilidade de apoio e patrocínio para participantes de eventos em agosto (Mocinnn), outubro (Mostratec) e novembro (Mostra de Ciências da Escola Açaí).

INTERNACIONAL

A Ferocit começou em 2014, quando teve 31 inscritos; obteve 62 no ano passado e espera bem mais até o encerramento das inscrições neste semestre.

Da Colômbia, por exemplo, compartilhará experiências com Rondônia o Movimiento Internacional de Semilleros de Investigación, espaço criado em Bogotá para estudos dos resultados obtidos em projetos de investigação desenvolvidos por professores e estudantes de níveis básico e superior desse de outros países, dentro de um protocolo internacional de jovens.

A 1ª Feira Nacional de Iniciação Científica Antônio Ayroso e 5ª edição da Feira de Iniciação daquela escola, em Jaraguá do Sul (SC), são parceiras da Seduc. Esses eventos estão marcados para os dias 5, 6 e 7 de outubro.

GÊNIOS DE 2015

A segunda edição, no ano passado, premiou alunos autores de 14 trabalhos científicos.

Quatro do Ensino Fundamental: Robótica no auxílio de Idosos, desenvolvido pelo NAAHS; Navegador Artificial, do Colégio Tiradentes da Polícia Militar; Forno solar, da Escola Manaus; Prática Ambiental: aproveitando águas das chuvas, do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja), em Alvorada d’Oeste.

Prêmio credenciamento para o Movimento Científico Norte-Nordeste (Mocinn) em 2016: Xô, piolho – fórmula de shampoo, da Escola Gomes Carneiro, em Costa Marques; Sistema renovável de tratamento d’água, da Escola Murilo Braga; Reuso da água, do Colégio Tiradentes em Jacy-Paraná.

Prêmio Ensino Médio: Robô para vacinação agropastoril, do NAAHS; Mobilidade deficiente, do Centro de Estudos Classe A; Água: sustentabilidade é vida, uma ideia empreendedora, da Escola Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em Nova Brasilândia d’Oeste. Ambos credenciados para a Febrace 2016, em São Paulo.

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Robô para vacinação agropastoril: escola espera apoio para apresentar trabalho na Feira de Ciência do Chile

Prêmio credenciamento para Milset, em Fortaleza: Aprendendo com robótica – triturador para para-brisa, da Escola Estadual 28 de Novembro, em Ouro Preto do Oeste; Mobilidade deficiente, da Escola Classe A; Reaproveitamento do adubo retirado do solo pela lixiviação no cultivo de hortas caseiras, da Escola Estadual Heitor Villa Lobos, em Ariquemes.

Prêmio FILSL17 – Fórum Internacional Software Livre, em Porto Alegre:Sistemas e processos eletrônicos – automação residencial de baixo custo,da Escola Estadual Major Guapindaia.

Em 2015 o aluno Ygor Requenha Romano criou o Sistema Renovável de Tratamento da Água, representou Rondônia na Expo Milset Brasil em Fortaleza (CE) e obteve o terceiro lugar na categoria ambiental na Intel ISEF – Feira Internacional de Ciência e Engenharia em Phoenix [Arizona, EUA]. Foi apoiado pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).

Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Ygor Requenha Romano, que estudou na Escola Villa Lobos, em Ariquemes, depois na Escola Murilo Braga em Porto Velho, atualmente está em São Paulo. Graças ao invento, viajou também para Paris (França), Washington (EUA) e Cidade do México.

Único representante da região norte brasileira nessa categoria, ele desenvolveu um protótipo portátil de engenharia premiado pela Febrace que atende até 70 pessoas, fazendo tratamento físico, químico e microbiológico da água, por meio de energia solar, ao custo de apenas R$ 15 por pessoa.

Fonte: Secom – Governo de Rondônia

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