Estresse afeta tanto o cérebro quanto o corpo, aponta pesquisa

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As atividades cerebrais influenciam a maneira como o corpo irá responder em situações estressantes, diz um estudo publicado no Journal of the American Heart Association.

Em momentos de estresse, algumas pessoas ficam com os batimentos cardíacos mais fortes e sua pressão arterial aumenta. De arcordo com a pesquisa, as reações podem ficar mais graves em longo prazo.

Por exemplo, o aumento da pressão sanguínea pode desencadear problemas de pressão alta no futuro, além de ampliar as chances de doenças do coração.

“As pessoas que mostram disfunções cardiovasculares nos momentos de estresse possuem maiores possibilidades de debilitação do sistema cardiovascular”, disse o autor da análise, Peter Gianaros, professor de psicologia na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. “Entender os mecanismos do cérebro pode diminuir esses riscos”.

Para o diagnóstico, foram realizados testes com mais de 300 adultos, os quais tiveram seus batimentos cardíacos e pressão sanguínea monitorados. Os participantes que tiveram maior aceleração do coração e aumento na pressão mostraram maiores padrões de atividades cerebrais.

Além disso, os cientistas descobriram que certas áreas do cérebro estão ligadas às reações do corpo. Por exemplo, a região do órgão que recebe informações consideradas ameaçadoras do mundo exterior estão conectadas à uma resposta física mais drástica.

No entanto, a pesquisa possui limitações. As pessoas que participaram do teste eram saudáveis e com poucas chances de sofrer com doenças cardiovasculares. Por isso, o estudo pode não se enquadrar para quem não possui uma condição de saúde tão boa.

A análise também não provou que o estresse pode resultar em mudanças físicas. Inclusive, Gianaros afirmou que é preciso realizar mais estudos entre a relação do cérebro e o estresse no corpo.

“Este trabalho é uma prova de conceito, mas não sugere que, no futuro, a imagiologia cerebral deverá ser usada para identificar pessoas que possuem riscos de doenças do coração”, falou.

Fonte:  Live Science

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