Defesa promove exercício conjunto de enfrentamento ao terrorismo

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Militares que integram as tropas de operações especiais das Forças Armadas e de diversos órgãos de segurança pública que atuarão na segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 participarão de exercício conjunto de enfrentamento ao terrorismo. A atividade ocorrerá no período de 9 a 13 de maio, em Goiânia (GO).

Na terça-feira (10), o exercício será aberto à imprensa. Os jornalistas poderão acompanhar algumas das 17 oficinas de treinamento montadas no Comando de Operações Especiais do Exército. Em uma delas, serão treinadas táticas peculiares de enfrentamento ao terrorismo em uma Pista de Tiros – circuito que se assemelha a um bairro urbano onde haverá uma simulação de resgate em que um suposto alvo terrorista esteja se escondendo ou fugindo em meio a um local com obstáculos urbanos.

Além da Marinha, Exército e Aeronáutica, o Exercício Conjunto Interagências de enfrentamento ao terrorismo contará com a participação do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e de tropas de operações especiais das Forças Policiais de diversos Estados, inclusive todos os que receberão atividades olímpicas, num total de cerca de 280 participantes.

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O exercício será realizado no Comando de Operações Especiais do Exército (COpEsp ), em Goiânia, onde está ativado, desde outubro de 2015, o Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT), estrutura criada pelo Ministério da Defesa para contribuir com o esforço de contraterrorismo.

O comandante do CCPCT, general Mauro Sinott, explica que atividades semelhantes a essa já foram realizadas em 2014, antes da Copa do Mundo, e destaca a importância da atuação integrada. “Não se faz enfrentamento ao terror sozinho. Para lidar com ameaças desta natureza, é preciso que todos os órgãos envolvidos tenham bem desenvolvida a capacidade de trabalhar juntos”, disse.

Para a atividade da semana que vem, foram realizadas duas reuniões preparatórias, em abril, nas quais os participantes criaram cenários adversos relacionados ao enfrentamento ao terror. “Situações de ameaças terroristas são todas aquelas em que existe o pânico generalizado”, explica Sinott.

Também estão previstas ao longo da semana oficinas noturnas, atividades específicas para atiradores de alta precisão (snipers), atividades com negociadores em resgate de reféns.

Legado

A atividade será acompanhada por adidos militares que poderão conferir de perto a atuação integrada da segurança nacional, aprimorada após a realização de outros grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014.

De acordo com o general Mauro Sinott, a capacidade já desenvolvida pelo Brasil de unir esforços nesse tipo de atividade tão sensível será um dos principais legados dos Jogos Olímpicos. “No âmbito da comunidade de operações especiais, estamos desenvolvendo um adestramento e uma capacidade de trabalhar juntos, uma cultura de atuação integrada, que, certamente, nos colocará em outro patamar”, afirma.

Ele salienta ainda que os participantes dessa atividade atuarão como multiplicadores de conhecimento, contribuindo ainda para a organização do enfrentamento ao terror nas cidades-sede do futebol olímpico.

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