Brigas, morte e troca de acusações marcam o Atletiba que não aconteceu

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O clássico Atletiba deste domingo começou com a promessa de festa e rivalidade sadia, mas terminou de forma triste e melancólica. Das brincadeiras e provocações previstas com máscaras de Ronaldinho Gáucho para a violência nas ruas das brigas de torcida, a morte de um torcedor e o cancelamento do clássico em meio à troca de acusações, o futebol paranaense viveu uma página triste de sua história.

A partida prevista para a Arena da Baixada pela quinta rodada do campeonato paranaense tinha como combustível a eterna rivalidade entre Atlético-PR e Coritiba e alimentada pela gozação da tentativa frustrada da contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo Coritiba. Máscaras de R10 surgiram em volta da Arena da Baixada para brincar com a situação.

Mas antes disso, o Atletiba mostrava sua face mais trágica com a violência de torcedores espalhados pelas cidades em brigas nos bairros. A PM registrou casos de lutas e quebra-quebra nos bairros Santa Cândida, Fazendinha, Portão e Cajuru, além dos municípios de Pinhais e Piraquara, na região metropolitana. Estações tubo e terminais de ônibus também foram vandalizados e torcedores se enfrentaram no terminal do Portão. Antes disso, um grupo de fãs do Coritiba invadiu o terminal do Santa Cândida para surpreender outro grupo de atleticanos.

O rastro de violência se estendeu até o estádio Couto Pereira onde um torcedor do Coritiba foi morto por um policial militar em meio à confusão. De acordo com a corporação, a PM fazia escolta dos torcedores para levá-los à Arena da Baixada, quando houve tumulto entre torcida e policiais. Em meio à confusão, o torcedor foi atingido por um tiro no peito disparado por um sargento. A PM afirma que o disparo foi acidental. O jovem não teve a identidade revelada e uma coletiva para tratar do assunto será realizada na manhã desta segunda-feira.

Atletiba Atlético-PR Coritiba  (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

Dirigentes tentam a manutenção dos profissionais sem credenciamento para o jogo (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)

Dentro da Arena da Baixada, a promessa de bola rolando não aconteceu depois que os clubes se negaram a dar continuidade na partida após a Federação Paranaense de Futebol (FPF) justificar que os profissionais contratados pelos clubes a fazer a transmissão do jogo via internet não estavam credenciados e não poderiam estar no campo.

O impasse durou cerca de 40 minutos até que a direção dos dois clubes decidiu que os times não jogariam sem que fosse viabilizada a permanência dos profissionais dentro de campo. A alegação era de que sem os profissionais, a transmissão pela internet não poderia ser realizada. A FPF argumentou que o credenciamento deveria ter sido feito com 48 horas de antecedência. A Arena da Baixada recebia um público de aproximadamente 20 mil pessoas.

Torcida Atlético-PR máscara Ronaldinho Gaúcho (Foto: Monique Silva)

No início a brincadeira sadia com a contratação frustrada de R10 (Foto: Monique Silva)

O impasse durou cerca de 40 minutos até que a direção dos dois clubes decidiu que os times não jogariam sem que fosse viabilizada a permanência dos profissionais dentro de campo. A alegação era de que sem os profissionais, a transmissão pela internet não poderia ser realizada. A FPF argumentou que o credenciamento deveria ter sido feito com 48 horas de antecedência. A Arena da Baixada recebia um público de aproximadamente 20 mil pessoas.

árbitro avisou: “olha, tá cheio de gente sem credenciamento, eu não posso começar o jogo assim. Se não tirar essas pessoas, não posso começar o jogo”. Chamaram o policiamento. As pessoas se recusaram a sair. Não havia como fazer jogo com tanta gente em volta do gramado sem estar credenciada para tal – disse o presidente da FPF, Hélio Cury.

Em seguida, os dirigentes dos clubes atacaram a FPF e consideraram intransigente a determinação de impedir os profissionais de trabalharem dentro do campo sem o credenciamento.

– O juiz me explicou que ele obedeceu uma ordem superior. Algumas vezes algumas leis não são éticas. Como vamos lidar com a frustração desse público inteiro? Então… 99%… chego à conclusão que não vai ter jogo por uma medida intransigente e estreita – criticou o presidente do Atlético-PR, Luis Salim Emed.

Fonte: GE

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